Um primeiro contacto com o mundo

Depois de tanto tempo de espera e ansiedade, finalmente nasce Leonor. Uma menina pequenina, muito rosadinha e com a cara que mais parecia de um nenuco. Todos os familiares estavam radiantes com a chegada de um novo membro à familia.
Os papas, babados, só lhes apetecia fazer festinhas na carinha e nas mãozinhas da pequena Leonor. Tinha uma pele tão suave e tranquila, que mais parecia que ir ser daquelas pessoas que nunca se deixaria afectar pelas preocupações da vida.
De volta a casa, uma festa surpresa esperava-a. A mãe, Cristina, entusiasmada, só queria mostrar tudo a Leonor. Os seus boencos felpudos, o seu bercinho com uma manta de lã, a sua banheira... mas para leonor o que lhe chamara à atenção fora o seu manto cor-de-rosa, fofinho e liso. Andava consigo para todo o lado.
Aquando do seu 4º aniversário, os papas decidem fazer-lhe um dia cheio de surpresas e novidade.
Primeiro levaram-na a passear pelo jardim zoologico, onde Leonor tem um primeiro contacto visual com os animais e um primeiro contacto com as suas protecções. Leonor não gostara de ter passado a mão pelo arame que protegia as pessoas dos animais, achava muito aspero, duro, dizia que era "mau".
Com o fim da visita ao jardim zoologico, os pais decidem leva-la a um sitio mais bonito. A praia.
Leonor nunca tinha visto tanta gente no mesmo sitio, tanta água.Quando sente a areia nos pés, começa a rir. A areia fazia-lhe cócegas.
No fim de instalados na praia, o pai leva-a a sentir a água fria do mar, uma água muito diferente da que estava habituada em casa, quando ia tomar banho. Leonor gostou tanto que só queria estar dentro de água, a brincar com o pai, e quando saia rapidamente para lá queria voltar.
Nunca mais esquecera aquele dia maravilhoso, cheio de novas sensações. O arame, a areia, a água fria do mar... Sensações que ainda hoje lembra e tenta trasmitir a Madalena, a sua filhinha.